Graças à descoberta da insulina em 1921, pacientes portadores do Diabetes do tipo 1 podem levar uma vida normal e evitar complicações dessa doença que frequentemente atinge crianças e adolescentes.
Porém, apesar dos avanços no tratamento com a insulina, muitos pacientes não conseguem obter o adequado controle da glicemia, seja por não se adaptarem às múltiplas injeções diárias, seja pela própria doença , que ás vezes não permite o bom controle, mesmo com dieta adequada e medicação.
Assim, nas ultimas décadas, pesquisadores tem tentado insistentemente encontrar uma maneira de curar o diabetes tipo 1, infelizmente ainda sem resultado. Porém, algumas terapias são promissoras e talvez possam ter alguma finalidade no futuro.
Seguem aqui algumas delas:
Imunomodulação
Sendo o Diabetes tipo 1 uma doença auto-imune, uma série de medicações imunosupressoras têm sido testadas com o objetivo de frear o processo auto-imune inicial que ataca as células do pâncreas que produzem insulina. Este tratamento seria possível apenas no inicio da doença, logo no diagnóstico.
Pâncreas Artificial
Aparelhos eletrônicos que medem a glicemia em tempo real e liberam a insulina automaticamente estão em fase de desenvolvimento.
Transplante de Ilhotas Pancreáticas
“ilhotas” é o nome dado ao conjunto de células do pâncreas que produz a insulina. Nesse procedimento, ilhotas de pâncreas de cadáver são injetados no paciente, com o intuito de que elas passem a produzir insulina. Este procedimento já tem sido testado em humanos, mas ainda com resultados não satisfatórios.
Transplante de Pâncreas
Devido ás possíveis complicações e efeitos colaterais relacionados ao tratamento com imunosupressores nos pacientes transplantados, este procedimento é indicado apenas em adultos diabéticos com falência renal com necessidade de hemodiálise, onde é realizado o transplante de rim junto com o pâncreas.
Dr. Rafael Pergher – Endocrinologista
Ilustração mostrando o Pâncreas artificial