Causada por um microorganismo com a forma de bacilo chamado Mycobacterium tuberculosis, a tuberculose nos acompanhou por toda a história da humanidade sendo responsável por incontáveis mortes no passado. Atualmente, apesar de termos disponíveis diversas drogas para compor um tratamento capaz de curar a doença, a tuberculose ainda está longe de deixar de ser preocupação no Brasil e no mundo. No Estado de São Paulo, por exemplo, só no ano de 2010 foram notificados 16.170 novos casos de tuberculose*, e esse número vem crescendo a cada ano.
Uma pessoa se infecta com o M. tuberculosis pela inalação de um bacilo que foi exalado no ar por uma pessoa já doente. Depois disso na maioria das vezes o problema termina aí, pois a própria imunidade do indivíduo é capaz de manter o microorganismo sob controle, sem causar doença. No entanto, algumas pessoas são incapazes de controlar sozinhos a multiplicação do bacilo (um desnutrido, por exemplo) e vão por isso desenvolver a tuberculose doença que, por causa da sua via de entrada no corpo humano, se apresenta com freqüência na forma pulmonar, com sintomas de tosse com duração maior que 3 semanas, febre e emagrecimento.
Um indivíduo adequadamente diagnosticado com tuberculose que é tratado da maneira correta tem enormes chances de se curar.
Por que então não conseguimos ainda acabar com a tuberculose do mundo?
Porque infelizmente existem casos que levam muito tempo para serem diagnosticados e porque o alguns pacientes fazem o tratamento de forma inadequada, duas situações que reduzem as chances de sucesso e cura da doença.
Por mais que a doença esteja associada à pobreza e más condições de vida, como habitação em aglomeração e desnutrição, a tuberculose pode aparecer em qualquer ambiente ou classe social. E por isso o melhor jeito de se prevenir é estar atento aos sintomas da doença para fazer o diagnóstico e tratamento adequados e precoces.
Fonte: Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo