Quando se fala em saúde, as mulheres na faixa dos 55 aos 65 anos possuem como uma das maiores preocupações o ganho de peso. Isto é compreensível levando-se em consideração que a obesidade no mundo tem aumentado e as mulheres após a menopausa não estão imunes à esta epidemia. Em média a mulher ganha 0,5 Kg por ano nesta fase.
Mas será que a menopausa leva ao ganho de peso?
Pesquisadores publicaram recentemente um artigo na revista Climateric tentando responder esta e outras questões.
Aparentemente, a menopausa não leva ao ganho de peso. Na realidade, o ganho de peso observado nas mulheres desta faixa etária está relacionado mais ao próprio processo de envelhecimento do que ás oscilações hormonais do climatério.
Porém, há evidências de que neste período ocorre um aumento do percentual de gordura corporal e redistribuição da gordura para a região abdominal. Desta maneira, a mulher passa a adquirir um padrão de corpo chamado de “maçã” ao invés de “pêra” (figura abaixo)
Esta mudança na localização do tecido adiposo, favorecendo o acúmulo de gordura abdominal, chamada também “gordura visceral”, produz substâncias inflamatórias que promovem alterações metabólicas, aumentando o risco de surgimento de doenças como diabetes e colesterol alto.
Portanto, a queda das taxas do hormônio estrógeno na menopausa não aumenta o peso, mas altera a distribuição da gordura corporal.
E a terapia de reposição hormonal, engorda?
A terapia de reposição hormonal não está associada ao ganho de peso ou ao aumento de tecido adiposo visceral. Pelo contrário, alguns estudos mostram que talvez ela possa levar a uma pequena diminuição do tecido gorduroso, mas este é um dado não comprovado.
O que fazer para não ganhar peso na menopausa?
Uma das atitudes fundamentais é a realização de atividade física. O exercício físico reduz a quantidade de gordura abdominal e mantém a quantidade de massa muscular, assim atenuando os efeitos da menopausa em relação ao aumento da gordura na barriga. Além disso, fortalece a massa óssea prevenindo a osteoporose. Alternar atividades aeróbicas (corrida, bicicleta, natação) com exercícios de resistência (musculação) produz melhores resultados.
Associado a isso é importante uma alimentação com controle da quantidade de calorias. Como o metabolismo costuma ser mais lento nesta fase, deve ocorrer uma diminuição no consumo calórico evitando alimentos como refrigerantes, doces, frituras, álcool e massas.