Dr Luiz Fernando de Oliveira Henrique



Em primeiro lugar, devemos entender o que são essas siglas:
FIV: Fertilização In-Vitro
ICSI: Injeção Intra-Citoplasmática de Espermatozóides

 

Muitos casais com diagnóstico de infertilidade devem realizar um tratamento comumente conhecido como Fertilização In-Vitro.

 

Esse procedimento consiste em na fecundação de um óvulo (célula proveniente da mulher) com um espermatozóide (célula proveniente do homem) através de manipulação em laboratório. A fecundação dessas duas células gera um embrião. É um tratamento de elevada complexidade, que necessita de profissionais capacitados e laboratório de qualidade.

 

Uma vez presentes tanto os óvulos quanto os espermatozóides no laboratório, a técnica utilizada para unir essas duas células e gerar um embrião pode variar.

 

A Fertilização In-Vitro consiste em colocar o semen (constituído por milhões de espermatozóides) em contato com o óvulo. Dessa forma, em um processo um pouco mais natural um espermatozóide penetra no óvulo e o fecunda. Note que nesse processo, houve uma seleção natural, ou seja, dos milhões de espermatozóides presentes naquela amostra, apenas um conseguiu fecundar o óvulo.

 

Já na ICSI, o embriologista (profissional capacitado para trabalhar em um laboratório de reprodução humana) é quem escolhe o espermatozóide e o coloca dentro do óvulo utilizando um microscópio especial (chamado de micromanipulador). A escolha do espermatozóide é baseada em algumas características como motilidade e forma dessa célula.

 

Cerca de 80% dos tratamentos são feitos através da técnica ICSI. Para se realizar a FIV, a qualidade do sêmen deverá atingir alguns critérios de concentração, forma e motilidade. Cerca de 20% dos sêmens apresentam esses critérios.