Esta é uma preocupação recorrente nos indivíduos fumantes que estão considerando largar o cigarro. E estas pessoas tem razão em se preocupar. Estudos mostram um ganho de 2 a 5 Kg em média no primeiro ano de abstinência.
Causas para este fenômeno:
- A abstinência da nicotina leva a um aumento do apetite.
- Surgimento de episódios de compulsão alimentar (períodos de grande ingesta de comida em um curto intervalo de tempo). Nestes casos, o cigarro vinha agindo como um “calmante” para sintomas ansiosos. Assim, após a cessação do tabagismo, esta ansiedade se manifesta através de um distúrbio alimentar.
- A falta da nicotina leva à uma diminuição do gasto calórico basal corporal, ou seja, a ausência do cigarro diminui a taxa de “queima de calorias” no indivíduo. Assim, mesmo mantendo a mesma quantidade de calorias ingeridas, pode haver ganho de peso.
É interessante notar que este ganho de peso, aparentemente, não reflete apenas ganho de gordura. O tabagismo está associado à uma acentuação da perda de massa muscular que ocorre com o avanço da idade. Deste modo, o fumante tem menos massa muscular. Quando pára de fumar, ocorre uma recuperação desta massa magra (músculo) contribuindo para o ganho de peso total. Isto já foi mostrado em estudos, principalmente em mulheres pós- menopausa.
A boa notícia é que estas alterações metabólicas durante a abstinência que favorecem a obesidade duram aproximadamente de 1 a 2 anos. Após este período o ex-fumante recupera o peso anterior, porém, para isso é necessário que haja um controle alimentar adequado associado à prática de exercícios físicos durante o período de abstinência.
Concluindo, apesar das já sabidas complicações que a obesidade carrega, as doenças que o cigarro causa ao ser humano são tão graves e diversas que não há motivo para manter este hábito em troca de uns quilinhos a menos.