Reversão de Vasectomia

A Reversão da Vasectomia é uma cirurgia para desfazer uma vasectomia. Ela reconecta os tubos que transportam o esperma dos testículos para o sêmen. Após uma reversão de vasectomia bem sucedida, os espermatozóides estarão novamente presentes no sêmen e o paciente poderá ser capaz de engravidar sua parceira. É uma cirurgia cada vez mais realizada. Nos Estados Unidos, 5% dos homens vasectomizados optam em algum momento por realizar a reversão. Os motivos são diversos e incluem: ter feito a vasectomia muito jovem, novo relacionamento, perda de um filho, melhores condições financeiras ou ainda como tratamento de dor testicular crônica pós vasectomia. As taxas de gravidez descritas após a reversão de vasectomia são variáveis, mas podem chegar até 90% em clínicas especializadas. Diversos fatores podem contribuir para que uma reversão seja bem sucedida, incluindo o tipo de vasectomia feita no passado e a experiência do urologista. A reversão da vasectomia é uma cirurgia bem mais complexa e delicada que a vasectomia. Ela é realizada através de técnica microcirúrgica e requer habilidades, conhecimentos e equipamentos especializados. A cirurgia é feita com anestesia geral e com um pequeno corte na bolsa testicular, de modo que a recuperação pós-cirúrgica é muito rápida e o paciente geralmente permanece no hospital por apenas 1 dia.

Nem todo paciente vasectomizado pode ser candidato a realizar a reversão de vasectomia. Para isso o paciente deverá passar por uma avaliação urológica ampla com o intuito de estimar se é capaz de produzir espermatozóides saudáveis. Nestes homens,cujas parceiras tenham menos de 40 anos, sugerimos a reversão de vasectomia como método de escolha para engravidar a parceira, pois é o método mais natural, com menor chance de gravidez múltipla e com menores riscos para a mulher e para o bebê, incluíndo parto prematuro e malformações congênitas. Durante a cirurgia o paciente pode optar por realizar em conjunto a captação de espermatozóides para que sejam preservados e armazenados através da técnica de criopreservação. Assim, se no futuro não for capaz de engravidar sua parceira através de relações sexuais, poderá utilizar esses espermatozóides armazenados para uma futura fertilização in vitro, sem a necessidade de realizar um novo procedimento.