Dor crônica é aquela com duração maior que seis meses (alguns autores falam em três meses) ou aquela que dura mais tempo que o esperado para a cicatrização da região acometida. É uma condição mais frequente do que a maioria das pessoas imaginam: estudos norte-americanos descrevem que até 35% de sua população apresenta dor crônica.
Indivíduos com dor crônica sofrem não somente pela dor, mas também pelas outras alterações que a acompanham, como depressão, fadiga, diminuição da libido, incapacidade. Tudo isso acarreta em um prolongado sofrimento não somente físico, mas também psíquico e social, levando a problemas nos relacionamentos pessoais, no trabalho, nas atividades do dia a dia, etc.
Como se desenvolve dor crônica ainda não está totalmente desvendado pela ciência, mas já se sabe que, por alterações de substâncias inflamatórias e de sinalização entre os neurônios, ocorrem mudanças no padrão de interpretação e resposta a dor do organismo, fazendo com que a dor “alimente” a dor. Sabe-se também que diversas doenças predispõem a dor crônica: osteoartrite, lombalgia, cervicalgia, cefaleia, hérnias discais, fibromialgia, síndrome dolorosa miofascial, neuropatias, distúrbios do sono, endometriose, prostatite, obesidade, sedentarismo, etc.
O tratamento, portanto, deve ser abrangente. Deve envolver medicações, infiltrações e bloqueios analgésicos, terapias físicas e orientações para as atividades do dia a dia, com o objetivo de melhora na qualidade de vida, prevenção de dor e restaurar a função da pessoa.