Compreende em tumores malignos que acometem o lábio, mucosa da boca, gengiva, palato (céu da boca), língua e soalho de boca. O câncer de boca é o oitavo tumor maligno mais incidente entre os brasileiros, sendo o sexto entre homens, segundo os dados do Instituto Nacional do Câncer (Estimativa de 2010: Incidência de Câncer no Brasil). Está principalmente relacionado com o tabagismo e etilismo de longa data, sendo que menos de 3% da população acometida não fuma. Manifesta-se através de feridas que não cicatrizam, avermelhadas ou esbranquiçadas, geralmente dolorosas. Pode se apresentar também aumento de linfonodos cervicais (ínguas). O diagnóstico pode ser feito através do auto-exame na frente do espelho (para mais informações visitar o site: http://www.sbccp.org.br/publico_autoexame_cavidade.php) e complementado através da avaliação de um cirurgião dentista, um clínico geral, cirurgião de cabeça e pescoço ou mesmo um dermatologista especializado em estomatologia. Para o diagnóstico definitivo é necessário uma biópsia com exame anátomo-patológico.
Feito o diagnóstico é necessário a realização de mais exames para a avaliação da extensão do tumor, como tomografia computadorizada, radiografia de tórax, laringoscopia, endoscopia digestiva entre outros. Cabe ao Cirurgião de Cabeça e Pescoço, avaliar todos os exames e juntamente com o paciente, esclarecer o diagnóstico e tratamentos disponíveis, em todos os seus aspectos; e decidir sobre o planejamento terapêutico.