Diabetes Gestacional

Diabetes Gestacional é o nome dado quando o Diabetes Mellitus é diagnosticado durante a gravidez. Ou seja, a gestante não era diabética e, durante a gestação, desenvolve o distúrbio. Na maioria das vezes, o diabetes persiste apenas durante o período da gestação, não permanecendo após o parto.

No Brasil, estima-se que o Diabetes Gestacional ocorra em aproximadamente 7% das gestantes, sendo mais comum naquelas com fatores de risco. Destes, um dos principais é a obesidade. É bom lembrar que, em mulheres com o peso normal, o ganho excessivo de peso durante a gravidez também aumenta o risco. História familiar de diabetes em parentes de primeiro grau e feto com macrossomia em gestação anterior (peso ao nascer maior que 4 Kg) também são fatores de risco para o Diabetes Gestacional.

O Diabetes Gestacional ocorre a partir do segundo trimestre, quando alterações hormonais somadas à demanda metabólica do feto geram alterações no controle da glicemia favorecendo o surgimento do Diabetes. Ele é diagnosticado através de um exame de sangue solicitado pelo Obstetra.

Logo que diagnosticado, o tratamento deve ser iniciado imediatamente a fim de se evitar complicações. Dentre elas temos a macrossomia fetal (que aumenta a chance de cesárea) e o polidrâmnio (excesso de liquido aminiótico). Este último pode levar ao parto prematuro.

Para acompanhar o tratamento, deve ser feito um controle rigoroso da glicemia através de medidas da glicose no sangue pelo exame de ponta dedo feito em casa. A maioria das gestantes com Diabetes Mellitus consegue controlar a glicemia apenas com mudança alimentar. Por isso é fundamental que ela receba uma orientação nutricional adequada para cada momento da gestação.

O tratamento com insulina é indicado quando, mesmo após a mudança dietética, os valores de glicemia não normalizam. É importante ressaltar que o uso da insulina não faz mal para o feto, é extremamente seguro e não deve ser prorrogado quando tiver indicação.